quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

A VIDA - pseudo poema


Nunca passei por um momento tão difícil antes...
Não sei avaliar bem, pois, outros tantos momentos tristes passei
Perdas irreparáveis! Seremos apenas almas errantes?
A saudade maior vem dos momentos felizes que vivenciei

Sofri e chorei a passagem de pessoas amadas que nunca mais verei
Conselhos, carinhos e beijos! Ah! Se tudo fosse como dantes...
Nessa madrugada tudo dói novamente. Eu sobreviverei?
Minha mente se recusa a aceitar, a ter atitudes clementes

Meu corpo pede, minha alma implora, eu choro
Choro por tudo, choro por nada, sozinho na multidão
Penso, penso sem parar, nas coisas que não mais quero
Não quero pensar, mas desejo de volta o que perdi em vão

Uma viagem, por vários caminhos, sem nunca chegar, eu percorri
O meu amor eu já conheci no início, veredas e colinas diferentes
Chuvas, cicatrizes e vidas depois, nossos caminhos de novo juntos ali
O sonho se realizara, meu sonho de quando éramos adolescentes

Quase esquecido sentimento, guardado por tanto tempo quieto em minha alma
Depois de tantas tormentas, a felicidade a mim retornava
Período inesquecível, gostoso, que adoça a boca como pêssego em calda
Mas, novamente alguma coisa aconteceu, a dor pra mim voltava

A rainha má, a dor, veio com a sua côrte, ela nunca vem sozinha
Me impôs suas ordens, ergueu um muro em meu caminho
Cercou-me, tirou-me o trabalho, a dignidade e disse: “infeliz, estás sozinho!”
O que fiz para merecer isso? Sou mal? Sou daninho?

Não sei, sou sonhador, sou pássaro, preciso voar, mas não sei voar sozinho
Com as asas cortadas, rastejando e sangrando agora estou
E essas asas quando curadas? Vou então querer voltar para o ninho?
Não Sei...
Apenas sei o que sinto, ser feliz, um sonho distante, um longo caminho.

Alnary Filho
Madrugada de 12/06/2006
03:37

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