quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

PSICOPATA - autoria própria


PSICOPATA

- Sangue, sangue...quero sangue! A voz dizia...
A cabeça rodava, assim como a pistola na mão suada...
- Não! Chega! Não vou fazer mais isso...
- Isso o que? De novo a voz...
- Não vou mais usar isso...
A voz: - Quer uma faca então?
- Sangue, eu quero sangue...
- Com a faca corte, com a pistola atire...não interessa
- Sangue...não esqueça!
- Eles não são mais gente...pode acabar com eles...
- São crianças...
- Armadas até os dentes...roubando por aí
- Não...não quero...
- Você vai fazer o que te digo...se não fizer,
o sangue que vou querer é o teu...
- Aquele lá, com a lata de cola...atira nele...
- Não consigo fazer mira...
- Atira porra!
- Legal...
- Peguei no ar...tomou pipoco no ar...
- Isso...sangue...bom garoto!
A voz satisfeita...parou de falar...
Ele então foi pra casa...escondeu a pistola...
Tomou banho e vestiu o terno
Estava na primeira fila do coral da igreja
Tudo bem...
Mas...ele sabe...a voz voltará amanhã...

Alnary Rocha
05/10/2007

Esse é trash, mas por que não?
Combina muito com os dias dessa nossa pós-modernidade enlouquecida e paranóica.

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