quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

SAUDADE - Poema de Antonio Kleber

Ardência incontida percorre meu corpo,
ao tempo em que sinto um aperto no peito.
Voltar! Que desejo impossível este verbo
reclama aos sentidos tomados de dor!

As horas findaram; os beijos e abraços
são sombras de arquivo de antigos desejos.
Ah, quanto te quis nesses dias vazios!
Ah, como sofri sem teu cheiro e tua voz!

Orgulho sem freios travou meus impulsos,
enquanto os meus dias ao pranto cederam,
minando a existência ferida de morte.

Teu tempo, tua vida, teu corpo, teus ais,
teus sonhos tão simples, mas cheios de graça,
perdi tudo, amor, à exceção da saudade.

Antonio Kleber

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