quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

A MORTE - Lya Luft

A rainha de nossa preplexidade, que torna o presente tão importante, o amor tão urgente, a bondade tão necessária, a ética tão essencial, a arte tão explicável – ela, a majestade a morte, deveria nos tornar muito melhores do que somos.

Muito mais generosos. Muito mais audaciosos. Muito mais abertos para a vida, a alegria, a claridade, em lugar de tão enredados em nossas intrigas mesquinhas, nossas reclamações cotidianas, nossas vinganças minúsculas.

Porque só com vida bem vivida com decência, coragem e doçura preparam-se alguém, ainda que sem muita habilidade, para isso que chamamos morte, que nos espreita na cama, no carro, no avião, na calçada ou na escola invadida por um terrorista alucinado.

Lya Luft

Enviado por meu tio:
Horácio Nunes Rocha, em 07/08/2006.

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