Chove, venta, molha
As lágrimas dos céus parecem já lamentar
O estrago que farão ao chegar
Lágrimas finas lamentam chuvas passadas
Lágrimas grossas, primeiro chegam e depois lavam tudo
Levam tudo em suas aguadas
É tempo de chuva larga
É preciso cuidar para não chorar também
O nosso lamento pelo que a chuva estraga
Mas a chuva que destrói sonhos
É a mesma que os constrói
Fertiliza a terra e põe a girar moinhos
As chuvas e as lágrimas
Tão profunda natureza
Consegue reunir nas gotas o perigo e a beleza
Chuva
Alnary Filho - 25/02/2011
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