segunda-feira, 21 de setembro de 2009

PONTA GROSSA GRITA POR SOCORRO - Texto Próprio


Nas últimas semanas Ponta Grossa tem gritado por socorro, mesmo que com poucas vozes para desfechar esse grito. A construção do aterro sanitário, o famigerado CTR da PGA – chorume de letras - que por ora está embargado, ainda apresenta-se como ameaça para a nossa região. O relatório preparado pelo professor e geólogo da UEPG, Mário Sérgio de Melo, demonstra que a área está dentro da A.P.A. da Escarpa Devoniana, junto ao Parque Municipal do Capão da Onça, próximo ao Parque Nacional dos Campos Gerais; região de rico patrimônio ambiental e natural da cidade. Alerta que os solos no local são arenosos, permeáveis, inadequados como fundação e material de cobertura do aterro, com isso, será necessário trazer solo de outros locais, com maiores impactos ambientais, o documento também aponta que o IAP ignorou ou não respondeu, questionamentos levantados pela UEPG e de audiências públicas. Mas isso não é tudo, o Sr. Burko, presidente do IAP em recente programa de rádio local, disse que “ninguém impedirá a construção do aterro” e que o lixo de outras localidades virão para Cidade sim, deixando claro sua preocupação em transformar Ponta Grossa no depósito de lixo do Paraná, emporcalhando com esse lixo suas tão flamejantes medalhas de “herói” das questões ambientais. E isso tudo acontece em frente ao Conselho de Meio Ambiente, que inacreditavelmente aprovou o empreendimento. Mesmo sendo apenas consultivo, o CONDEMA legitima, enquanto entidade e as vistas do povo, esse absurdo. Quando referimo-nos ao grito de poucas vozes, falamos das vozes de outras entidades, estudantes e professores, que, inclusive, foram tachados de imbecis em comentários publicados em jornais impressos locais. Pois eles, essas vozes, nossas vozes, esperamos que esse grito seja ouvido, principalmente às luzes das eleições do ano que vem, pois, se existe um momento em que precisamos da ação de nossos representantes, é agora e não nos palanques de promessas perdidas de 2010.

Foto by Sebastião Salgado

Alnary Rocha - 21/09/2009

terça-feira, 1 de setembro de 2009

EU COMI A MADONNA - Ana Carolina


Me esquenta com o vapor da boca
E a fenda mela
Imprensando minha coxa
Na coxa que é dela

Dobra os joelhos e implora
O meu líquido
Me quer, me quer, me quer e quer ver
Meu nervo rígido

É dessas mulheres pra comer com dez talheres
De quatro, lado, frente, verso, embaixo, em pé
Roer, revirar, retorcer, lambuzar e deixar o seu corpo
Tremendo, gemendo, gemendo, gemendo

Ela 'tava' demais,
peito nu com cinco ou seis colares,
me fez levitar em meio a sete mares,
e me pediu que lhe batesse, lhe arrombasse,
lhe chamasse de cafona, marafona, bandidona.

Fui eu quem bebi, comi a Madonna
Fui eu quem bebi, comi a Madonna

Chegou com mais três amigas, cinta liga,
perna dura, dorso quente
toda língua e me puxou
Me apertou, me provocou e perguntou:
Quem é tua dona? Quem é tua dona? É,

Fui eu quem bebi, comi a Madonna
Fui eu quem bebi, comi a Madonna