Cidade triste
Tecer contigo a relação cotidiana
Até o alto da Catedral
Desde o baixo das Uvaranas
Rondar contigo pelas tardes lentas
Afugentar a dor que me sustenta
E pelas lágrimas de um antigo amor
Buscar tuas veredas
Desta varanda de onde te vejo adormecida
Voltar sozinho do meu cansaço e medo
Mais uma vez tuas ruas
Teus olhares secretos
Cantos que só eu sei.
Te caminho pelo dorso iluminado
Te suplico que venhas ao meu encontro
Com teus meandros de fel
Com tuas manhãs de sábado
Teus barulhos, teus baldios
Se te persigo cidade
É sombra de velha sina
Talvez tua água ou teu vento
Teus telhados nas colinas
Os engasgados silêncios
Quando te cruzo cidade
Alguma coisa por dentro
Anseia uma outra cidade
E se insurge contra o tempo
Cidade triste
Há lamentos nos bares
Nenhum murmúrio nas praças
Operários sem rumo
Sucumbem ao pó das fábricas
E penduram seus sonhos.
Nas vila abandonadas
Dias de tédio que passam.
De noite em Uvaranas
Quando a lua se inclina
Brotam amores curtos
Na rude solidão
Dos quartos proletários.
Que restará de manhã?
Cidade triste
Procuro em tuas ladeiras
A milonga perdida
Sinto os meus passos.
Teu pulsar se alastra em minhas entranhas
A cidade que respiro é a última.
Tecer contigo a relação cotidiana
Até o alto da Catedral
Desde o baixo das Uvaranas
Rondar contigo pelas tardes lentas
Afugentar a dor que me sustenta
E pelas lágrimas de um antigo amor
Buscar tuas veredas
Desta varanda de onde te vejo adormecida
Voltar sozinho do meu cansaço e medo
Mais uma vez tuas ruas
Teus olhares secretos
Cantos que só eu sei.
Te caminho pelo dorso iluminado
Te suplico que venhas ao meu encontro
Com teus meandros de fel
Com tuas manhãs de sábado
Teus barulhos, teus baldios
Se te persigo cidade
É sombra de velha sina
Talvez tua água ou teu vento
Teus telhados nas colinas
Os engasgados silêncios
Quando te cruzo cidade
Alguma coisa por dentro
Anseia uma outra cidade
E se insurge contra o tempo
Cidade triste
Há lamentos nos bares
Nenhum murmúrio nas praças
Operários sem rumo
Sucumbem ao pó das fábricas
E penduram seus sonhos.
Nas vila abandonadas
Dias de tédio que passam.
De noite em Uvaranas
Quando a lua se inclina
Brotam amores curtos
Na rude solidão
Dos quartos proletários.
Que restará de manhã?
Cidade triste
Procuro em tuas ladeiras
A milonga perdida
Sinto os meus passos.
Teu pulsar se alastra em minhas entranhas
A cidade que respiro é a última.
Um comentário:
UMA LINDA HOMENAGEM À CIDADE DE PONTA GROSSA.
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