Pensar, refletir, são coisas que
demandam um exercício um tanto difícil, é preciso algum esforço e também
vontade de se despir de conceitos pré-concebidos, ou incorporados pelo
cotidiano de uma sociedade marcada de simbolismo religioso e de seduções para
que todos ou a maioria siga algo.
O Natal é um pouco (ou muito
isso). Tudo é feito para que exista "unanimidade" para com essa data
específica. Primeiro sempre, a religião, principalmente a católica que é a
primeira e maior instituição cristã. Juntamente com as demais igrejas cristãs,
exercem seu poder sobre a chamada "fé" das pessoas adeptas, impondo
um livro de estórias, com fábulas e parábolas edificantes, como um livro
sagrado escrito pelo próprio "deus", e depois (ou sempre) exerce seu
controle sobre as pessoas através da culpa e do "pecado", esse
sentimento inibe de forma espetacular as pessoas de refletirem, pois o medo do
“mal”, ou do próprio “bem”, representado por esse “deus” tem uma influência
gigantesca.
É sobre o MEDO que isso se
estabelece, disfarçado sobre as retóricas de “respeito”, “fé”, “amor” e um
beatismo ignorante.
(sem ofensas aqui, com ignorante
quero me referir a quem ignora algo por não saber mesmo ou propositadamente por
conveniência da "fé")
Na outra ponta dessa história,
está o sistema econômico vigente, que é o capitalismo, que prega a felicidade
com base no consumo, utiliza-se dos mesmos métodos, MEDO, medo de não ser igual
ao vizinho, medo de não demonstrar “amor”, medo de ser apontado na sociedade
como pessoa que comete “sacrilégio”, ou medo mesmo de que as pessoas o vejam
como alguém sem posses ou “pão duro”.
Essa é fórmula do Natal.
Além do que não há defesa
concreta sobre o estabelecimento do dia 25/12 como a data de nascimento de
Jesus, pois essa data foi imposta pela igreja católica no século IV da chamada
“era cristã”. Os príncipes da monarquia católica não gostam dessa discussão,
afinal isso só lembraria a todos que essa data foi escolhida por ser o
solstício de inverno na Europa e também marcada por um grande quantidade de
festas “pagãs”, e que foi incorporada pela igreja católica num sincretismo
forçado, justamente para estabelecer mais facilmente seu poder.
"Para entender como surgiu o Natal
devemos voltar à Mesopotâmia (atual Iraque) há quatro mil anos, cujo povo
achava que o inverno, época da passagem de ano, era causado pelos ‘monstros do
caos”, que faziam a lavoura e os animais sofrerem com o frio. Assim, celebravam
o Zagmuk, um festival de doze dias dedicado ao deus Marduk, que derrotaria os
monstros. Cerimônias análogas chamadas de Sacae aconteciam na Pérsia. Na
Grécia, o ritual representava a luta de Zeus contra o titã Cronos, até que
chegou a Roma na forma das Saturnais, festas dedicadas a Saturno, o deus do
tempo, de 17 a 24 de dezembro. Era a véspera do solstício de inverno, uma data
de transição do calendário solar’, diz o professor de teologia Fernando
Altemayer."
No dia equivalente ao nosso 25 de
dezembro, o sol brilhava com menos força na Europa, mas, ao mesmo tempo, se
preparava para voltar a dar mais vida à Terra. Era conhecido como o dia do nascimento
do deus Sol.
A fórmula da certo até hoje!
E as demais igrejas
“protestantes”, não protestam, seguem a mesma linha “vencedora”.
Enfim, eu penso assim! Acredito
nessas bases.
Mas, quero dizer que: Viva a
Festa do Feriado!
Desejo realmente a felicidade de
todos nesse natal, mas pelos motivos que acho certos, pois todos merecem ser
felizes sempre!
E desejo principalmente que as
pessoas consigam se libertar de tudo isso, e tenham realmente um 2013
fantástico.
Assim, sinceramente desejo BOAS
FESTAS a todos os meus amigos, parentes e colegas!
LILO - 24/12/12