sábado, 9 de julho de 2016





A ESTANTE


Sabem por que é difícil ser amigo de algumas mulheres?

Por que elas não conseguem se relacionar normalmente com quem já tiveram alguma coisa, ou com quem pensam que quer alguma coisa com elas.

Por exemplo, você escreve bom dia, elas respondem, bom dia “amigo”. Você elogia respeitosamente alguma coisa, elas dizem obrigada “amigo”. Você posta alguma coisa sobre a própria saúde ou coisa parecida, e elas escrevem “se cuida “amigo”.

Qualquer merda que você fala ou escreve, elas fazem questão de escrever com o complemento “amigo” que parece em palavra, uma bengala, ou uma cadeira de rodas, que precisam por causa de alguma deficiência. Uma necessidade de te lembrar que você é só “amigo”.

Porra! Se eu não fosse amigo nem me importaria em comentar alguma coisa sobre elas, ou as manteriam na minha lista de “amigos”. Mas parece que a obviedade não é bem o forte de algumas mulheres, mesmo as muito inteligentes.

Parece que há uma trava mental, quando é preciso se relacionar, mesmo virtualmente, com homens, que são realmente só amigos, ou já foram algo mais que isso, é preciso deixar claro para aquele imbecil que esta sendo gentil, e que expressa realmente sua amizade, que ele é “só amigo” mesmo!

Como se o elogio, ou comentário educado, fosse expressar algum outro interesse, que não apenas o que eles realmente expressam, elogios e educação, respeito e admiração, sem outras intensões, até por que, se não aconteceu algo no tempo em que poderia ter acontecido, não será agora, já foi!

Não se preocupe mulher, só estou te elogiando, mais nada!

E se aconteceu algo ou um relacionamento, a fila andou e não interessa mais, pode ficar tranquila, apenas te admiro como pessoa, ok?

Parece, que quando se trata disso, algumas mulheres compartimentalizam seus cérebros, onde a racionalidade fica numa parte, e outra parte é uma ESTANTE, onde ela guarda os homens que já se relacionou e aqueles com os quais não quer se relacionar, a não ser pela tal “amizade”, e pior, acha que todos eles ainda querem alguma coisa com elas.

Por certo deve existir alguns que querem. Porém, como disse, a obviedade não é o forte delas, pois os que querem deixam isso muito claro, na forma, no jeito, nas palavras que escrevem. É muito fácil ver a diferença, um simples elogio não faz parte dessa prática.

Também creio que quando escrevem “amigo”, o recado não é apenas para o pobre sujeito que apenas lhes elogiou, é também para a família, para as “migas”, e para os que estão nas suas miras a laser.

Quando leio isso, direcionado a mim, da uma vontade de mandar a merda, mas vou me contendo, e no lugar de cometer essa violência, resolvi escrever esse texto, pois na maioria das vezes isso se da por posts, pior é pessoalmente onde o timbre da voz da senhorita, por pouco não te faz dizer, “amigo de c. é r.”

sábado, 17 de outubro de 2015

EM NOME DE "deus" - Texto próprio


Cada vez mais me convenço que as pessoas, no caso específico, os brasileiros e brasileiras, são mais culpados do que vítimas do estado conjuntural da sociedade brasileira.

Vejam, estou generalizando de propósito, não só na amplitude que significa brasileiro e brasileira, como também quando me refiro a sociedade brasileira, pois sociedade, engloba todas as relações sociais, interações em todas os aspectos da vida das pessoas.

Achei necessário fazer essa introdução, pois não me é possível mais reduzir o pensamento que quero expressar aqui, a meros casos específicos, pois as especificidades estão tão contaminadas pela religião e pela maldita, ignóbil e ícone impune dos mitos religiosos, que é chamada de “fé”!

Isso não melhora, ao contrário, piora a cada minuto, é repulsivo a cada segundo. Esse chorume está em tudo, tudo! É uma doença, um cancro!

Não consigo ser condescendente e cada vez sou menos compreensivo, principalmente com as pessoas que tiveram algum estudo, com as que são instruídas, com as que inclusive tem títulos acadêmicos, e permanecem enredadas nessa lama gosmenta chamada “fé”, cegamente crentes num deus invisível, cujo qual é desculpa, causa e consequência pra tudo. Não há palavra mais pesada pra caracterizar isso, é simplesmente ridículo!

Não tem me bastado estar plenamente convencido que tudo isso é uma imensa e medonha bobagem, por que, simplesmente não é bobagem, é muito sério, parece uma insanidade geral e epidêmica.

Desde a idiota atitude dos jogadores de futebol que vociferam o tal “pai nosso” como grito de guerra antes dos jogos, agradecem a deus por um gol ou por uma vitória, até os que naturalizaram como expressão coloquial o “graças a deus”, “se deus quiser”, etc. Que coisa mais sem noção, sem pé nem cabeça, será que não percebem o quanto estão sendo idiotas?

Primeiro, que se deus existisse, não haveria ganhadores num jogo de futebol, afinal a ignorância é geral, todos pedem ao mesmo deus, e agradecem ao mesmo deus, segundo que, existindo tal entidade, e permitisse que um time ganhe e outro perca, seria um deus parcial, sacana com uns e camarada com outros, que porra de deus é esse? Qual o critério que ele usaria para favorecer uns e não todos?

Pois, se os crentes tem em perspectiva um deus todo poderoso e unibenevolente, se esse deus tem de escolher, não é assim tão poderoso, e tampouco é todo bom, pois se ele fosse a mais pura e total expressão da bondade, jamais poderia tolerar o sofrimento de uns para a alegria de outros, não parece óbvio que um ser assim não pode existir? Que é uma projeção dos desejos humanos egoístas?

E olha, estou me referindo a uma coisa de nada, jogo de futebol, nem de campeonatos negócio, estou falando desde uma pelada na beira da linha até um gol feito por um profissional. É geral a ignorância.

Mas também, só esse exemplo não basta, se esse tal deus é todo bondade, todo justiça, tudo sabe e tudo vê, então fica bem pior. Que tipo de justiça é essa que para uns comerem, muitos precisam morrer de fome? Não da nem pra dizer que esse deus é um cara ocupado, pois se ele tudo vê, ele escolhe onde interferir, e sendo assim não pode ter “infinita bondade”, e tampouco tem algum tipo de poder, salvo na cabeça dos mentecaptos, que jogam fora a lógica, acreditam que pode existir num mesmo ser tais contradições, simplesmente por que é deus, e deus tem “seus mistérios”. 

Essas contradições são humanas, nós escolhemos por qual ética nos pautar, com quais critérios de caráter queremos viver. Não um deus, um deus, deus mesmo, fudidão, poderoso, que pode tudo, esse não pode ter esse tipo de falha, pois deus que é deus não falha, deus que é deus resolve o problema todo. Se não faz isso, a resposta é simples, ESSE CARA NÃO EXISTE! É coisa da cabeça dos loucos.

Sim, loucos, insanos, egoístas, mesquinhos, muitos sem culpa, simplesmente foram criados nessa mixórdia, entupidos de medo e de culpa desde crianças, e de tal forma, que nesse exato momento estão profundamente ofendidos, muitos estão me amaldiçoando (como se isso fosse possível), e outros, arrogantemente, “rezando” pela minha “alma” (como se isso funcionasse). E mais, como se eu me importasse!

A naturalização do “sagrado” é uma imbecilidade, insidiosa, maledicente, dissimulada. A própria referência a deus, teria de ser feita em letra maiúscula (só não fiz em fonte menor, por que tira a métrica do texto), através dessa naturalização, há imposição de todo um cuidado ao mencionar a palavra deus, ou do seu ícone e falso ídolo jesus (agora tem gente querendo me matar, expressando seu “amor” cristão). E com tudo que tem referência religiosa. É um absurdo se expressar sem esse cuidado, para os insanos crentes, isso é blasfêmia, é “pecado”, imaginem-me tendo um ataque de risos vindos de uma imensa gargalhada, nesse exato momento!

Blasfêmia, há menos de 300 anos atrás era um crime punido com a morte, e pecado nada mais é que a expressão da própria culpa, e também era crime punido com morte.

Mas o pior de tudo, é que nem mesmo toda a sabedoria que a ciência histórica demonstra, a insanidade acaba. A história do mundo é feita de sangue derramado por gente religiosa, por instituições religiosas, pelo pretexto de “amor” a deus. Gente que nunca compreendeu o que é o amor e tem uma vaga noção do que seria um deus.

Os livros das religiões mais em voga na atualidade, não passam de livros de fantasias, mas fantasias perigosas, neles as pessoas encontram ódio, preconceito, misoginia, genocídio, pedofilia, assassinatos, crimes de toda ordem, e tudo, tudo em nome de deus ou por sua ordem! E tem a coragem de chamar esses manuais de hipocrisia, de “sagrado”.

Através dessas drogas literárias, os estelionatários da “fé”, pastores, pastoras, bispos, bispas, sacerdotes de todo tipo, mandatários de religiões, como o papa e outros semelhantes a ele em outras religiões, exercem sua dominação e controle social, sobre grande parte da humanidade. Não é a toa que eles chamam os insanos e idiotas de “ovelhas”. Mas pior que ovelhas, são os asnos, pais e mães, que infectam seus próprios filhos desde que nascem, com esse veneno, perpetuando o poder dessa gente. O ser humano nasce livre, mas antes de aprender a falar já o enfiam numa igreja e batizam. Inclusive os que clamam por liberdade, a tolhem antes mesmo que as pessoas tenham capacidade de escolha.

Essa estratégia, que contem medo e culpa, é proposital, é pra naturalizar, é pra fortalecer e ampliar o paradigma, e os vetores para tal crime, são os próprios pais, replicando o que fizeram seus pais, e os pais deles e os pais desses, por gerações.

Isso acontece em todos os estratos sociais, e é mais arraigado nos mais pobres, pois junto com toda essa carga de mentiras, vem o conformismo, que é pra tirar de vista desses, as reais causas da sua condição de pobreza, de miséria. Não é a toa a proliferação de igrejas, do tipo meia dúzia de cadeiras de plástico numa garagem, com um analfabeto de terno gritando idiotices para gente coitada, com uma bíblia na mão! E pior, os pobres dão dinheiro pra esses salafrários, e os pobres católicos põe suas moedinhas na caixinha do padreco malandro.

São esses que incutem os slogans: “deus ajuda quem cedo madruga”...”o bom funcionário abençoa a empresa que trabalha, pois dela é que tira o pão de cada dia”... e nesses antros religiosos que as pessoas são adestradas para serem ovelhas, para serem conformadas, para acreditarem nos “mistérios de deus”...”na vontade de deus”...são ensinadas a sentirem culpa por sua própria condição, é onde esses mercadores da “fé”, culpam suas próprias vítimas.

E nesses antros, que nascem os políticos salafrários, que utilizam da “fé” para se elegerem e tirarem direitos de seus próprios eleitores, formarem suas gangs de ladrões e corruptos, tudo “em nome de deus” claro!

É inconcebível para mim, que pessoas negras e mulheres de modo geral, sejam religiosos(as), sejam evangélicos, sejam católicos, que defendam sua igreja e seus sacerdotes. De duas uma, ou nunca leram a bíblia, ou leram só o que o pastor ou padre mandou, e não entenderam. Não existe livro mais discriminador do que a bíblia.

Como podem admitir fazer parte desse engodo. No Brasil, até inventaram uma santa negra para cooptar essas pessoas, a transformaram em “protetora” do País. Uma mulher negra, nada mais simbólico e perfeito para engendrar e perpetuar mentiras.

É por tudo isso, que resolvi escrever esse texto, estamos a beira do abismo, enquanto não nos livrarmos das religiões e dessa maldita “fé”, nunca seremos livres, seremos sempre controlados, teleguiados, conformados, e agradecendo quem nos tira tudo, “em nome de deus”.

terça-feira, 30 de junho de 2015

O BRASIL É BREGA!


O Brasil é brega!

É brega em tudo, ou quase tudo, afinal o que pode ser mais brega que ignorar a laicidade do Estado? O que pode ser mais brega do que achar legítimo “rasgar” a Constituição Brasileira? Como algo pode não ser brega quando tenta (e consegue) em nome de uma visão religiosa impedir direitos civis e humanos?

O Brasil está "andando para trás", nas esferas legislativas, nas expressões de ódio e preconceito, etc. É a breguisse nata de grande parte do povo brasileiro.

Li em algum lugar que o povo brasileiro é muito mais conservador do que se imagina, e é verdade, e eu sei por que, é o brega, é a breguisse se sobressaindo, é a breguisse impedindo a expansão da inteligência, é a breguisse religiosa.

Os teleguiados bregas, os pastores bregas, os carolas bregas, os corruptos bregas, os que latem contra a corrupção, mas que cometem as suas pequenas corrupções diárias, bregas!

Os que param nas vagas reservadas, bregas! Os que param em mão dupla, bregas! Os que se acham superiores por causa da sua cor, classe, pseudo instrução, todos bregas!

Esse povo brasileiro que nos decepciona a cada expressão nas redes sociais, Bregas! A cada manifestação conservadora, são bregas!

A breguisse está se revelando como a marca cultural do povo brasileiro.

Não surpreende que o mau gosto musical desse povo brega se reflita no consumo desse barulho ridículo e dissonante chamado “sertanejo universitário”, cujo nome revela uma contradição cognitiva, afinal, universitário deveria ser, em certa medida, adjetivo qualitativo de instrução, e jamais poderia estar ligado a esse estilo brega e obtuso de musica ruim! É o Brega mais uma vez!

Já a musica caipira, não é, nem nunca foi brega! O sertanejo legítimo não é, e nem nunca foi brega! Mas, o brega impregnado no pensamento curto de muitos consumidores do estilo, aliado a uma estratégia perversa de fabricação e venda de breguisse, pelos meios hegemônicos de comunicação, sepultaram a viola caipira, assim como sepultaram a MPB.

A breguisse, revela mais uma faceta de grande parte desse povo brasileiro – homens e mulheres – machistas e conservadores, a contradição de adorar cantar a cornice como virtude romântica. É o brega incontrolável, atacando de novo.

Quando um pastor vereador “prega” na câmara, no lugar de legislar, é o brega revelando sua incapacidade, sua limitação, sua preguiça. Como é o caso do PL que determina o fechamento de bares a meia-noite. É o brega!

Quando um bando de religiosos imbecis (desculpem o pleonasmo) se postam dentro de uma casa legislativa, dizendo-se contra a “ideologia de gênero”, é o brega supremo da burrice, pois não tem a menor ideia do que é ideologia e muito menos o que significa a palavra gênero.

O brega é o eixo pelo qual as pessoas se informam, o que são os telejornais brasileiros, senão a maior expressão do brega jornalístico parcial e tendencioso? E as revistas de fofocas bregas? E não estou falando daquelas sobre novelas e artistas, estou falando dos semanários bregas, que os bregas da classe média leem.

É tudo de uma breguisse titânica no Brasil!

Gente brega, cultura brega, jornalismo brega, entretenimento brega, religião brega!

O brega, que antes era um estilo pitoresco e divertido, passou a ser o modo de vida de um povo.
É o brega na frente e por trás de toda a casca brilhante e pseudo sofisticada, é o brega disfarçando-se de inofensivo, de divertido, para reinar no atraso civilizatório brasileiro!

Está tudo bregamente ligado!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

POURQUOI SUIS-CHARLIE

Acho que posso começar com seguinte exemplo:
O achincalhamento da pobreza na televisão, caso do zorra total, com pessoas do povo caricaturadas e maldosamente esteriotipadas, pra mim é uma baita ofensa, me ofendo por aquelas pessoas que são satirizadas daquela forma.
Me ofendo também com as piadas que achincalharam e ainda achincalham a Dilma e o PT.
Me ofendo com tanta coisa que pra mim é importante todos os dias. E muitas pessoas se ofendem com um monte de coisas que são publicadas e veiculadas por diversos meios...o que fazer?
Ora é muito simples...não leia, não veja e não escute o que te ofende...de novo simples assim.
E pode parar com esse papo de defesa da liberdade de expressão, coisa vaga e que pode ser aproveitada de mil maneiras por tanta gente horrível.
Vamos ao que interessa, ao que irrita profundamente. Está exatamente nas opiniões e vitimizações mil, que tenho lido, principalmente coisas como “os muçulmanos sofrem perseguição na França”, ora, não são apenas eles que sofrem perseguições numa Europa xenófoba.
Até onde eu sei, a Charlie, revista de raiz comunista, satirizava todas as religiões, também e principalmente a direita "Lapenista", burguesa, religiosa e monarquista. Essa sim promotora de uma massiva perseguição ao povo muçulmano e estrangeiros de qualquer crença.
A parte mais irritante porém, é o que se coloca como "violação do pensamento", está claro que pra muita gente (infelizmente) o tal "sagrado" seja ele de qual crença for deva ser intocável.
Isso é perverso, é como impingir a todos, inclusive aos não crentes um "respeito" a algo que pra esses não merece nenhum, pelo simples motivo que pra essas pessoas (nas quais me incluo) isso não tem importância alguma.
Para mim, respeitar algo e especificamente o tal  “sagrado” dos outros, por convenção social ou obrigatoriamente, é que é uma tremenda violação de pensamento.
Logicamente que não se pode entrar num templo e esculachar, fazer bandalheira, isso seria invadir o espaço dos outros, e sim um desrespeito, além de ser contra a Lei. Como já dizia o poeta: “tentativa de colonização do outro”.
Porém, publicar charges (mesmo as mais pesadas, e por isso mesmo, engraçadas) não é de modo algum desrespeito, pois o sagrado de outros não interessa, quando a publicação é privada, compra e lê quem quer.
Comprar e ler uma publicação, seja ela qual for é a mesma coisa que usar o controle remoto da tv, escolher a estação de rádio ou optar por esse ou aquele site.
Assim, muito mais violento e desrespeitoso é a violação que cometem as redes de televisão, desinformando e idiotizando tanta gente.

E por esses, quem somos?

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

REFLEXÃO DE NATAL

Se não fosse a Zeffinha, o telecine e a internet, eu estaria só nesse dia em que todos se reúnem e riem, muitos sem saber por que, outros sabendo por que, e outros nem aí por que.

É muita mensagem de "amor" e "paz" pra um dia só! Se todos praticassem isso todos os dias do ano seria muito mais sensato, e melhor, mais honesto!

Parece que pra muita gente o tal "amor" e "paz" precisa de certificado de qualidade, cujo monopólio é o cristianismo, que ao mesmo tempo impõe o seu monopólio da salvação.

Me parece muito sem chão e falseado esse negócio de todos virarem bonzinhos nessa época do ano, é claro que só me parece por que as manifestações são abundantes e realmente há pessoas que são muito boas o ano todo e realmente praticam o que acreditam. Mas a maioria vai pela convenção social, uns por que nunca pararam pra pensar...em quase nada...e vão nas ondas que o vento do senso comum provoca, outros por que morrem de medo do "castigo" e fazem uma espécie de escambo com o deus que acreditam, e assim fazem caridade, mandam mensagens de "feliz natal", "amor" e "paz", e depois falam pra si mesmos, "fiz minha parte, vou pro céu".

Eu simplesmente não consigo ser "tocado" por isso! Mesmo que os desejos sejam genuínos, não me convencem. Por que muitos do que eu vejo postando mensagens natalícias melosas e boazinhas, vi também espalharem seus ódios, seus preconceitos, suas xenofobias, seus vocabulários ricos dos maiores e melhores palavrões, baixarias e ofensas por todo esse facebook em 2014.

Hipocrisia é a palavra que me vem quando vejo esses posts.

Muitos podem pensar, "ele ta falando isso por que está sozinho hoje". 

Pode ser que isso ajude, mas muita gente está falando em reflexão, pois bem, a minha é essa, mas tem mais.

Pra mim o tal natal não tem validade, primeiro por que não acredito na personagem para a qual se rendem homenagens hoje no mundo ocidental, até por que se essa personagem existisse mesmo estaria de acordo comigo, pois suas supostas mensagens são completamente opostas às práticas de seus seguidores. Estaria puto da vida por servir de objeto manipulador para que falsos profetas enganem e enriqueçam em seu nome.

Mas o que fundamenta meu argumento, é que crer no sobrenatural, para mim, é um ato de... desculpem-me o termo forte... covardia, pois joga-se tudo nas mãos de deus, se acontece algo bom foi por que deus quis, se acontece algo ruim foi por causa da falta de deus, e aí que entra a manipulação e o controle de quem tem a ousadia de dizer-se representante de deus, impondo o medo do castigo de deus, e impondo a culpa, cujo sentimento sobrecarrega os ombros dos seus fieis seguidores. É como se a pessoa vivesse amarrada a uma âncora, que pode salvá-la ou afogá-la de vez. Disso vem o conformismo, o preconceito, o ódio, a hipocrisia, etc.

Enfim, quero dizer que a bondade, a honestidade, a ética, o caráter, a compaixão, o amor ao próximo e a família, a retidão, não são, nem nunca foram monopólio cristão, até por que, as maiores mazelas, genocídios, violências, terrores, horrores, etc, ocorreram em nome de cristo, ou em nome de crenças que lá no fundo do templo prega a paz, mas pra fora pregam ódios imemoriais.

Por fim nessa minha reflexão, quero dizer também, que o que precisamos mesmo é deixar de lado a metafísica, o sobrenatural, e colocarmos nossa "fé" na humanidade, sermos mais humanos, colocar como nosso senhor a nossa humanidade. O ser humano deveria estar em primeiro lugar em tudo, sem discriminações, sem segregações. Sermos bons, sem sermos seletivos e convenientes.

Só assim seremos bons, éticos, honestos, de bom caráter, com compaixão, pelos humanos, pelos animais e pela natureza. Pois desejar feliz natal pela convenção social no lugar de me alegrar, me entristece pela repetição e replicação da hipocrisia.


Sejam todos felizes, não só hoje, o sejam sempre!

sexta-feira, 18 de abril de 2014

O SAGRADO SELETIVO - escrito de "Páscoa" - 2014


Enquanto minha roupa seca no varal, fico aqui olhando os posts no facebook, aqueles posts do tipo religioso, falando de "oração", "reflexão", por causa da "páscoa" (aspas propositais que revelam a falta de importância disso pra mim).

Fico tentando separar um pouco aquilo que é pura hipocrisia, daquilo que é sinceridade e aquilo que é sinceridade mas com limitação seletiva.

 
A dependência voluntária dos "crentes e fiéis" me choca, e muito. Fico me perguntando como algumas pessoas podem voluntariamente se entregar a dependência de fábulas e fantasias, a ponto de precisarem de dias especiais para "refletir"! Ao ponto de se ofenderem ao ler isso.
O "sagrado seletivo" e conveniente, é o que se sobressai.

 
A vida humana deveria ser "sagrada", mas em algumas atitudes de alguns desses "crentes e fiéis" o é de forma seletiva, pois VIDA, para muitos dos "crentes e fiéis" tem significados diferentes e relativos, concernentes aos seus pontos de vista, carregados de preconceitos. Se a vida é importante, e de maneira "especial e única", para os "crentes e fiéis" que acreditam na existência de um ser imaginário, que teria "morrido por nós", por "nossos pecados". Porque precisam de dias especiais para "refletir"? Porque essa "morte supostamente ocorrida a mais de 2000 anos" é mais importante que as crianças que morrem de fome todo dia em todo o mundo? Porque essa "morte" é mais importante que os assassinatos de negros, gays, moradores de rua, etc.?
 

A reflexão sobre a conveniência seletiva de suas próprias "fés" é que deveria ser feita!
 
Como dizia um refrão do sertão nordestino: Fé Cega, mas Faca Amolada!!

 Faca Religiosa, Pistola Religiosa, Praga Religiosa!!!
 
A única "religião" que poderia ser respeitada, se é que poderíamos chamar de religião, é aquela que venera o SER HUMANO, independente, de cor, sexo, classe social, orientação sexual, etnia, cultura, instrução, etc.

 
Porém, nenhuma religião ocidental, cristã, como também maometana, venera o SER HUMANO, veneram seres abstratos e inexistentes, dizendo que eles são grandes, benevolentes, que tudo veem e tudo sabem. Se isso fosse verdade, esses seres seriam no mínimo muito sacanas, basta ver o mundo que supostamente eles criaram e muitos dos seus seguidores que são hipócritas e seletivos na sua suposta "fé".

 
Assim, se é pra fazer reflexão só em dia especial, essa é a minha hoje!
Pois dizer que é preciso fazer reflexão, como sinônimo de contrição, ou pra que todo mundo saiba que a pessoa é "boazinha", que "reza" e não come carne, é na maioria dos casos hipocrisia para ser aceito por uma sociedade cuja maioria é hipócrita, consciente ou alienada.

 
"Feliz Páscoa"!

domingo, 15 de setembro de 2013

MINHA PRINCESA - Poema Próprio

 
 MINHA PRINCESA

Ponta Grossa, de nome estranho aos ouvidos de quem vem de fora...
Mas de coração aberto, um tanto desconfiado, para todos os que aqui chegam...
De ponto de descanso das tropas de gado, à uma capital regional...

Lugar pra onde sempre voltam os que foram embora...
Em qualquer canto do mundo, grande saudade quando a lembram...
A sua natureza bela, apaixona, simplesmente sensacional...

Mas também existe uma Ponta Grossa invisível...
De coerência política imprevisível...
Com poder patriarcal, patrimonialista e terrível...
Porém, com resistência, constante e tangível...

Ponta Grossa, 190 anos de história...
Meu lugar no mundo, minha memória...
Cidade onde festejo a vitória...
Meu porto seguro, minhas raízes e minha glória!

Alnary Rocha
15/09/2013